“13 de maio de 1833. O sol ainda estava a pino e mais um dia na fazenda seguia seu ritmo intenso de trabalho, como o de costume. Na parte da manhã, os escravos já tinham tirado o leite, alimentado os bois, as vacas e os cavalos e, do meio-dia para à tarde, estavam trabalhando na roça, cuidando das lavouras de milho, feijão, arroz, fumo, etc. Vindos de longe e de diferentes regiões da África, fizeram a dolorosa travessia nos navios negreiros e depois foram desembarcados no porto do Rio de Janeiro” Assim começa a história da maior revolta escrava de Minas Gerais, nas fazendas da família Junqueira, localizadas na freguesia de Carrancas, comarca do Rio das Mortes. O tema foi trabalhado pelo historiador Marcos Ferreira de Andrade, professor da Universidade Federal de São João Del Rei na sua dissertação de Mestrado “Rebeldia e resistência: as revoltas escravas na província de Minas Gerais”. O processo-crime digitalizado pode ser visualizado nessa página. Acesse também o artigo de Marcos Ferreira de Andrade sobre a Revolta de Carrancas na área de download.
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